sábado, setembro 05, 2020

Poema do Silêncio

Não te cala um minuto?

Não ouve que não te ouvem:

Não há ruídos, nem soberba.

Há, nesse silêncio medonho,

Uma única e vazia certeza:

Não te houve, não te querem.

Não te cala um minuto?

Não é possível um mísero silêncio?

Onde esse vazio medonho já certeiro,

que cria essa sua soberba vazia,

de achar que na complicada vida,

eles te querem, eles se movem?

Fique em silêncio um único minuto.

Distante das coisas desse vazio medonho,

De não ouvir sua própria voz que sufoca,

ou o seu próprio som pedindo socorro.

Fique longe desse abismo certeiro,

Que é o único socorro que encara,

De ouvir que todos não se ouvem,

Nem se movem quando tudo acaba.



30.10.18

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