sábado, setembro 05, 2020

A DUREZA DOS DIAS E A FELICIDADE DAS HORAS

 

Há quem acredite que a felicidade seja privilégio apenas dos homens ricos. Supõem, essas pessoas, que os ricos não sentem a pressão do cotidiano. Lutam pelo seu dinheiro e poder. Há outros, no entanto, que dizem que a felicidade não tem nada com o dinheiro, e que viver é uma dádiva surpreendente, um mistério ou algo que não podemos mensurar, que vivem apenas para suas famílias, pelo seu trabalho e amigos. Assim por diante, encontraremos inúmeras opções, sugestões e opiniões sobre a verdadeira felicidade.
Não é de hoje que se pensa sobre isso, e não será hoje que encontraremos uma chave definitiva para a ela.
Importa mesmo é que vivemos numa gangorra, onde a felicidade e a tristeza parecem andar no encalço uma da outra, como quem quer roubar alguma coisa que não lhe pertence: a tristeza e os problemas são mais misteriosos, fraudulentos e gatunos: chegam quando menos esperamos. Estamos fazendo planos para uma coisa que nos deixará feliz quando de repente: Irra! Aparece. Aparece um problema saltitante ali, uma desaprovação dali; um mal gosto acolá, e todos eles pipocando no peito, na mente e na imaginação monótono da ansiedade!
Algumas vezes é duro acreditar na vida!
Mas ai, quando menos se espera, uma frase qualquer alivia. Uma frase de gente estranha, ou de amigos; uma frase solta no ar, Um gesto, um presente, uma desculpa, uma oração; uma palavras tão simples, mas tão poderosa. Não sei como acontece, mas quando parecemos estar arrasados, sem qualquer força para pensar numa saída, eis que não precisamos sair para ludar nenhum: Bravo! Está lá a felicidade! Está lá como quem brilha independente. Não é solitária, chega fazendo estardalhaço, chega trazendo a gente para a realidade, e o que era a monotonia estimula uma paz confiante no peito, na mente; no sossego excitante da vida.
Algumas vezes viver vale a pena!
Há quem acredite que a vida é o passar das horas. Outros se queixam dos familiares, da vida que não parece dar certo; das doenças, dos enganos, dos mal acabados relacionamentos amorosos e etecetara e etecetara. Mas a vida é uma sequencia inconsequente das escolhas entre a felicidade e a tristeza, entre as horas e os dias; entre o rancor e a caridade; entre tantas escolhas que nem sabemos, quando é que decidimos pela tristeza deixando de lado a alegria.
Na vida, às vezes, é melhor não ter muitas escolhas.

01.12.18

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