sábado, setembro 05, 2020

NÃO SÃO ESTRANHAS


(Contém Spoiler)
Acabei a terceira temporada de Stranger Things. Depois de uma primeira temporada chocante, inovadora e fantástica, tivemos uma segunda temporária um tanto morna, ainda que seja uma temporada muito boa. Aquilo que você verá na terceira temporada é uma mistura dos símbolos sólidos da primeira temporada e uma trama muito interessante da segunda temporada. Esse híbrido entre a primeira e a segunda é um acerto de mão cheia.
Confesso que não tinha a menor ideia do quê esperar para essa nova temporada e aquilo que assisti me surpreendeu de forma positiva. A história é mais centrada e limpa, sem insinuações misteriosas sobre os poderes do grande inimigo. A primeira temporada, com uma formação baseada em seriados como "Arquivo X", o surgimento de um mundo paralelo era um enigma que não nos deixava muito à vontade sobre a sequencia dos acontecimentos. A segunda temporada corrige o vilão e a terceira temporada o solidifica com nome e sobrenome.
Acho que o maior ganho da terceira temporada também é nos colocar à par do que realmente está acontecendo com os personagens, evidenciar para quem estamos torcendo e principalmente, compreender que os personagens estão amadurecendo. É um dos terríveis defeitos das séries que têm esse protagonismo infanto-juvenil e que não ocorre com a história vivida por "On" e companhia.
De fato é uma das séries mais empolgantes dos últimos tempos, que carrega a maturidade do suspense, as cenas escatológicas dos filmes de terror e uma pitada do romantismo e humor dos anos 80. Não se pode negar que assistir Stranger Things é mergulhar de cabeça nessa década em que havia uma deliciosa inocência. Dos cabelos, das referências, das roupas, da tecnologia; tudo é um banho de imersão nos mais diversos sentimentos e sensações daquela época.
Evidente que o fato negativo é esperar a próxima temporada, mas existe a certeza que seguindo esse caminho, será mais uma vez extraordinária.
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10.06.19

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