domingo, dezembro 30, 2007

Folhetim Hoje é Vinte 2007

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AVISO IMPORTANTE (30/12/2007) – FOLHETIM HOJE É VINTE
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Olá,
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Queridos e-Leitores:
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depois de quase três anos escrevendo o FOLHETIM HOJE É VINTE, tive que abandoná-lo nos últimos dois meses. Alguns me mandaram e-mail questionando a falta de textos, outros nem ligaram. Importante mesmo, para mim, era estar sempre "incomodando" vocês com textos divertidos (quem sabe?).

A.proveitei a situação e resolvi fazer uma revisão no que eu havia escrito: reformular é preciso, escrever não é preciso!!!
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O balanço desse período é muito interessante: 39 folhetins, 26 e-mails criticando, 12 comentários no blog e inúmeros comentários em pessoa (já que quase 25% da lista de e-leitores são amigos que estão muito próximos). São quase 3.700 cliques no blog (dois anos apenas), considerando a divulgação e o assunto (MP3 e sacanagem são mais interessantes que literatura para o grande público), eu considero um bom número.
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Também nesses período os romances foram um sucesso de público: 42 PECADOS, A MÁSCARA DE BEHLE, BRIGA DE FOICE, ULTIMA VISION, O MENOR DOS ENCANTOS e por último MÃO QUE ESCOLHE O CRIME. Para quem gosta de poemas, só o ano de 2007 publiquei mais de 60 deles na internet ou e-mail.
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Ou seja,
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É tempo de férias, pessoal!!!!
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Para 2008, se tudo acontecer como esperado, volto com FOLHETIM HOJE É VINTE mensalmente. Também ando preparando outro romance, como o nome de ROUPA SUJA.
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TRECHO:
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Toca o telefone. Era tudo que eu precisava hoje: alguém me incomodando com perguntas cretinas. Aposto que a pergunta seria cretina. Toca uma vez, eu nunca atendo o telefone até o quarto toque. Se for algo importante, a pessoa desesperada do outro lado da linha voltaria a ligar. Toca cinco vezes, o telefone pára. O silêncio poderia ser uma coisa boa em outros momentos, mas agora, como tantas coisas do mundo, acabo ficando irritado. O telefone toca de novo, depois de poucos minutos. Poderia ser a mesma pessoa desesperada, poderia ser outra pessoa não desesperada. Quem poderia me ajudar nesse marasmo? Uma pessoa desesperada?
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"Alô?"
"Torres?"
"Sim, é ele"
"Estive procurando o senhor há dois dias"
"Algum problema?"
"Sim, claro. Sim. Um grande problema"
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Era evidente que a pessoa tinha um problema. Eu que odiava perguntas idiotas acabava quase sempre fazendo uma. Ela continua a conversa:
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"Preciso falar com o senhor pessoalmente"
"Seu telefone está grampeado?"
"Não sei. Não confio em ninguém"
"Qual o motivo de confiar em mim?"
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(CONTINUA)"

quarta-feira, dezembro 19, 2007

ABANDONO

Um só, abandono.
Abandono dos dias.
E as horas,
Tão abandonadas; foram.
Cansadas, da solidão,
Eu fugindo à-toa.
E o abandono,
Das coisas e das boas
E das ruins, tanto faz;
Pois, durante um tempo:
São das coisas,
Ligeiramente abandonadas,
Que, às vezes, sentimos a falta.

Mas nada me falta, agora.
Talvez o respingo da chuva,
O som da festa, a gripe incurável.
O resto da bebida no copo.
São tantas imagens,
Que prefiro nenhuma delas.
São abandono: de chuva forte,
De bolo da festa, da cura
E da ressaca.
O abandono sempre é o mesmo,
Mas as respostas impensadas.

Quem eu serei daqui em diante?

Um só. Abandono.