sábado, setembro 05, 2020

PÁGINA 32

Considerando que hoje acordei com um humor não muito agradável, decidi que não abrirei minha boca. Pretendo não falar nem comigo mesmo, que parece ser uma coisa impossível. Talvez eu encontre um meio de iluminação: Não me ouvir "me atrapalhando". O sujeito que mais me faz errar: Eu mesmo. Não venham me dizer que estou sendo muito exigente. Humor do relógio passando e as coisas paradas. Completamente paradas. O vento, quem sabe? Os ponteiros, idem. Mas e a vontade? A vontade saiu ontem a noite, quando eu estava com sono; quase desmaiado. Ela disse: Eu vou e não volto. A vontade parecia uma esposa zangada e cheia de razão. Esposas, vontade e relógio: a marcação do tempo nunca mais será a mesma. E eu, querendo olhar no espelho e discutir a relação..... hoje eu não abro a boca.

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