segunda-feira, dezembro 09, 2013

O remédio amargo, doce..


Dentro do corpo, trêmulo; a febre,
O desejo controlável, explosivo, tenso:
A pedra, o desejo; estamos exaustos.
Onde construirão nosso futuro?
De um incerto remédio, a cura.
Trabalho; carrego os dias; entre os muros.
Sob a pedra, o fim dos dias; a morte.
Desejo, pois creio; o mundo continua.
Exaustos; rompemos o passado,
nas criaturas de nosso pecado: sexo.
Herdeiros dos nossos crimes,
Onde o sangue não evita as dores;
onde o choro apenas respinga a culpa.

Nascer, ainda que amargo remédio,
é uma das nossas mais doces doenças.



sexta-feira, setembro 06, 2013

Fragmentos - 1

"Escrevo muito. Escrevo sempre. É meu modo de conversar. Tão egoísta, eu acredito. O meu maior pecado, incorrigível; assustador: escrever. Peco, então, quando estou aqui; com vocês. Um pecado incomum, mas ainda assim um pecado. Pagarei com preces; com o silêncio; talvez com frases inteligíveis. ´Puníreis-me´ com erros imperdoáveis do português, verbal e nominal. Será a minha vingança: lançarei ao fogo do inferno qualquer concordância.

Escrevo sempre, o bastante. É meu modo de não me sentir sozinho, incompreendido. Quer queiram, ou não, estão me vendo aqui. Nu na janela; decepado; com a cabeça arregaçada de ideais, ideias e insanidade. Escrevo que fumo, com medo de morrer. Escrevo com desafeto, decerto amando. Escrevo por vocês, através de vocês, distantes de mim; ignotos das razões. E se emocionei, foi caos das coisas, sorte; mentira em completa ordem em não sensibilizar ninguém. Quero o egoísmo de escrever e continuar sendo compreendido por todos.

Escrever muito, inutilmente."

segunda-feira, agosto 26, 2013

É tão complicado assim ser feliz?

E a morte vira rotina para assassinos nem sempre psicopatas. A morte à beira, esperneia. Mais um casal, mais um pai de família; mais uma mãe. E outros virão, ainda é cedo para o fim do mundo. Enquanto isso nossa rotina é bisbilhotar reality show, de mais uma pelada em revista de um nu nem sempre artístico. Hoje mais uma família, de tantas outras que já se foram. O caso grave, como se a gravidade das outras mortes fossem suportáveis; é a chacina do improvável, do impossível e do inaceitável. De agora em diante não importa mais quem é o culpado, sua idade; importa que a morte não faz mais sentido, mas dá fim ao sentido de pessoas que tinham a opção da felicidade.

É tão complicado assim ser feliz?

A música com letras impublicáveis é a moda que não sai de moda: o gosto duvidoso de quem quer apenas pensar o óbvio. Quer dizer, menos que o óbvio. Querem o fácil, líquido e certo. A nudez novamente do sexo frágil, que de frágil apenas o artístico. Idade que antes era de bolinha de gude, boneca; é de tentações explícita de envergonhar Marquês de Sade. Tanto erotismo para banhar vulgaridade. De agora em diante sexo é apenas uma questão de tempo; e filhos, uma questão de hábito. Os nossos filhos, meninos e meninas, com seus filhos; quase órfãos.

É tão complicado assim ser feliz?

Amizades tão infinitamente numerosas, mas tão contaminadas. Ciúme, inveja e vaidade. Amigos se apunhalando em comentários imprecisos e compartilhados. A necessidade de mostrar ao outro a maioridade humana: financeira, moral e religiosa. Deixamos de ser nós mesmos, ao inventarmos tantas coisas; tantos sonhos desorganizados. Amigos são taxados, catalogados; virtualizados. Virtual nem sempre traz a virtude. Amigos tão íntimos, mas tão distantes. Perdemos nosso tempo de beber uma cerveja, comer uma batata fria; uma pizza na noite de sábado.

É tão complicado assim a felicidade?
 
 
 

quinta-feira, agosto 22, 2013

O mar e o veleiro

 

O mar é grande, cabe; num espaço daqui:
Na cama, no mundo; nas minhas coisas.
Mar que me chama, para ir embora para sempre,
onde as coisas que eu amo, onde me amam.
Mar de gente, que passo despercebido;
Desesperado, no mar insano da vida;
Das rugas do tempo, o mar ainda está.
O mar, que fujo intenso; num espaço aqui:
Se apodera, me amedronta; sufoca; queima,
lágrimas, tristeza, tempestade e a solidão.
Mar que, num momento calmo, atravessa.
Os dias que se passam, mas nunca se vão.
Quer de mim o pesadelo marco?
Tenho muitos sonhos tristes escondidos.
E a bússola da alma a contento;  tenta me suportar.
O mar, que eu navego, seco; sem folhas e árvores;
o deserto do mar calmo, que na calmaria morre.
Que mar hoje cabe aqui no quarto?
Qual deles preencherá a sala?
Em qual deles levitará meu corpo?
Apodera-se, o mar, as grandes coisas;
as ondas incansáveis do mundo;
o sonho do barco livre, veleiro:
Vela a liberdade do corpo, a morte.
Dias que sempre se passam,
de uma viagem
que nunca chega, mas sempre volta.
Mar que, às vezes calmo;
mas que sempre forte.













Não há motivo, escuto.

Qual a música que repete?
Chico, mas não lembro.
Escuto Chico e penso em você.
Escuta minha voz: você se lembra de mim?
Carolina, os seus olhos.
Bebo, fumo; durmo.
Como pouco, às vezes.
Mas escuto, sempre.
Não há motivo para chorar
e penso quantas vezes
pensei muitas vezes em você.
E se algum dia quiser conversar,
saiba que aqui, com silêncio;
e respostas precisas, e verbos:
Estarei esperando qualquer coisa.
Imprecisos e qualquer batimento
cardíaco, fingido, por amor ou não.
penso em você.
Mas o amor? O amor se foi, ao longe.
Escuto, não há motivos.
Qual a palavra que repetimos sempre?
Toca a música, bebo; fumo.
Larguei o último cigarro, mudei tudo.
Escuto outra coisa,
Mas escuta minha voz e lembra-se de mim?
Não lembro quem eu sou,
Carolina, mas seus olhos continuam os mesmos.


quinta-feira, junho 13, 2013

Não é você

 

Sangue na garganta, indecifrável.
A bebedeira, espasmos, o cansaço.
O vazio, morro, mato; dias de esquecer.
Na masmorra, vento.
É você?
Não, não é você.

E passam anos, décadas; junho.
Esses dias que passam, valendo nada.
Quem de nós ainda quer tanto
o que decidimos ser a nossa sorte?
O vazio, o peito; um chiado.
É você?
Não, não é você.

Puxo a cadeira, ajusto o lustre.
A luz de dentro não sufoca, arde.
Aquilo que em mim não responde.
O que eu pretendo ainda vivo?
Seu amor, num vazio; maio.
Sem você?
Sim, sem você.











terça-feira, junho 11, 2013

Meu recomeço

Resolvi não escrever mais nada.
Nenhuma linha, palavra; argumento.
Que a palavra livre voe indecisa
pelas paredes concretas do pensamento.
Lá ficarão para sempre sem rumo.
Presas em indeterminados espaços.
Perdidas no tempo inconseqüente dos atos.
Palavras sem rimas: Livres e perdidas.

Qual o poema valerá mais a vida?
Aquele que preenche o muro em queda,
Ou na caverna, sem utilidade, escondido?

Repito a dor que sinto: mais nada.
Nenhuma linha, nenhuma vontade.
Nenhuma palavra alcunha das sensações
Que ficarão presas em rumo indeterminado.
De mim não terão mais lágrimas,
Nem terão mais risos.
Terão a ausência sofrida do incompleto
Na parede do quarto repleto,
De poemas mal escondidos.

Que poesia valerá suas vidas?
A que sangra malsoante até a morte
Ou a que lateja a paixão sem quimera?

Sofro ainda ignóbil das palavras que ouço,
Mas tenho sido irreal nas que digo.
De amores que nunca foram dignos,
Os horrores que nunca existiram.
Resolvi não escrever mais nada:
E assim preencher meu instante vazio.
De palavras que repito para mim mesmo,
Das linhas que ninguém me dá ouvidos.






quarta-feira, maio 29, 2013

O mundo inconstante e eterno

 

O mundo inconstante, seu fim tão próximo. Não é um texto profético, nem pessimista. O fim como norma, regra; objetivo. Morrer bem é o lema para se viver vem. Ante o fim trememos, sofremos; ficamos irritados. O som do fim, em pequenos lampejos de silêncio, desanima nossos dias. A minha participação no mundo: sei que um dia irei morrer. A frase, o gesto; os desejos; são passageiros, relâmpagos; ridículos perto da imensidão da eternidade. O que pode ser o sofrimento de agora comparado com a eternidade dos sentimentos no porvir? A contagem inexpressiva do relógio, o tempo; a fome e o frio.

E nos momentos, colho o dia. Carpe diem! O poema incerto de Horácio, desconhecido em sua totalidade. Horácio quis dizer uma coisa, nossa juventude quer aprender outra; ficamos no meio termo do desentendimento. A vida é breve, passa em milésimos, mas também é eterna. “Leggere o sentirti dire che sei morto è la migliore prova della propria esistenza in vita”* a frase enigmática nas interpretação lingüística de um monoglota inveterado. Minha imaginação segue num pacto da liberdade literária e decido o fim do texto sobre o fim, mas que parece ser mais começo. Essa saudade que tenho da vida que não tenho requer entendimento, desprendimento e olhos lagrimejando.

Há dor num pedaço arrancado de mim. E ler e ouvir, ainda que a morte, pelos próprios ouvidos e diante dos próprios olhos, é sinal indiscutível da vida. E me vi morto outro dia, mas colhia a vida diante da vida e não mais a morte! “Carpe diem quam minimum credula postero”. Na tradução espontânea, não é apenas aproveitar; mas decidir pela vida.

A profundeza da nossa história, leveza aos olhos doentes; pode ser a leveza da vida no nosso cotidiano. Não preciso saber a morte para valorizar as coisas que tenho, nem pensar no fim para decidir pelo que não sou. Sou o que sou, quero o que preciso. As coisas da vida caminhando lentamente, se desenvolvendo; corrompendo e corroendo a memória. Mas que memória me absorve em meu próprio conhecimento? Quem sou eu que decidi no passado e que não deu certo ainda hoje?

Colho não apenas o dia, mas meus erros.

Preciso dizer meu amor, preciso dizer meus pecados; preciso dizer que não me importo com muitas coisas que eu deveria me importar, pois essas coisas não são importantes. Horácio; meu amigo; não sei quê relevância posso dar ao seu poema em latim, mas uma coisa é certa: Diz que devo amar, pois não sei sobre o amanhã. O amanhã pode ser um pouco de mim hoje. Pode ser um pouco de mim hoje o que quero o futuro. Futuro certo como a morte, em tempos diferentes. Por isso, nessa fragmentação do calendário; dessa festa; da comemoração do meu nascimento, devo dizer-me apenas vitorioso. A vitória pela vida, a aceitação dos fatos; decidir colher o dia mesmo diante de qualquer morte. Pois, saibam; morremos todos os dias.

“Ler ou ouvir que você está morto é a melhor prova de sua existência na vida”. E ouvimos de todos que estamos mortos, que o mundo não nos serve; que as pessoas são más; desemprego e o pessimismo dos tempos. Mas a melhor notícia de todas é que podemos ouvir a derrocada humana, sendo humanos. É poder decidir pela vitória dos homens, mesmo quando eles querem tanta derrota: escolher amar todos os instantes, como se não acreditássemos no futuro. Pois nos basta colhermos o dia, ainda que o valor do dia seja menosprezado; colhermos o dia, nesse instante; pois não sabemos o amanhã como se encarrega; como se calcula; nem como se descobre.

Pois, quanto mais se confia no amanhã, menos queremos colher no agora. 




* Autor: Vasco Rossi





A



terça-feira, abril 23, 2013

Recomeçar não existe.


E se pudéssemos recomeçar? Por onde começaríamos? A pergunta é séria. Metaforicamente recomeçaríamos quando possível ou quando conveniente? O grande problema do homem: recomeçar apenas quando convém, quando o certo seria recomeçar sempre. Ninguém pode recomeçar senão renascer, dizia o profeta de Nazaré. Entre o ventre, apenas o nascimento; no calendário dos dias, o recomeço. Recomeçamos sempre, mesmo quando não percebemos. Mas o recomeçar é mais do que imaginamos, é anular o que existiu; é largar a bagagem do tempo para trás, trazer apenas roupas novas.

Não existe qualquer recomeço sem rompimento. É impossível renascer pelos velhos paradigmas. Uma roupa velha no remendo de uma roupa nova, mais uma vez o profeta certeiro em sua filosofia do mundo. Para renascer é necessária uma viagem intensa no Universo, nas construções grandiosas do mundo em que vivemos; sem tempo e espaço. Mais ainda: indeterminar horas, os momentos; optar pela eternidade dos acontecimentos. De hoje em diante não existe, existe o futuro. Mais do que a excursão no Universo, também é preciso a incursão do ser humano: gnothi seauton, conhece-te a ti mesmo! A pessoa que quer recomeçar e não sabe suas capacidades continuará sendo a mesma pessoa sempre, com outros pensamentos. O recomeço é a autotransformação.

Naquele tempo, um homem surgido do povo liderou um pensamento, em sua coerência, nossa repleta incoerência. Dizia que o homem que quer recomeçar precisa  largar tudo. Não é uma questão material, mas de conceito. Podemos ter coisas, mas não precisamos ser possuídas por elas. No mundo atual somos dominados pelo consumo: pelo celular novo, pelo carro do ano; pelo equipamento mais potente. Pior ainda: somos dominados pelo nosso passado, principalmente pelos erros. Ao homem não é facultado esquecer o passado, mas lhe é dado o poder de se perdoar. Naquele dia, quando o profeta escolheu seus seguidores, todos deixaram suas redes e seus barcos; não é possível recomeçar carregando o velho homem, ele dizia indiretamente.

Mas tudo isso é simbolismo, ninguém precisa se indispor com suas conquistas, mas é inevitável que o nascimento venha somente para quem tenha coragem de demolir, acabar; destruir e morrer seu passado. Não há como ignorar os acontecimentos pretéritos, mas existem escolhas para os acontecimentos futuros. A escolha pelo recomeço é a escolha divina, escolha sublime; poder sobrenatural de nossas vidas. Somos capazes sempre de recomeçar, e se a cada recomeço não tiver a característica do nascimento, não valerá em nada a empreitada. O recomeço, assim, será sempre e exclusivamente um começo.

Nascemos com intenção de recomeçar, seja na crença da reencarnação; na crença do nascimento pós-morte; ou em crença nenhuma. O poder intelectual, a força e o desejo do recomeço, da reconstrução é superior ao mistério da vida. Muitas vezes cavamos os escombros de nossas existências procurando alimento, água e felicidade; quando neles só podemos encontrar a dor, a depressão e o arrependimento. Não sabemos olhar para a liberdade, para o corpo livre e a mentalidade soberana. Não conseguimos ver nossos pés sobre o entulho; pois decidimos sempre estar soterrados por eles.

É inevitável reviver o passado para qualquer recomeço, mas nos basta querer o nascimento para que tudo que façamos de hoje em diante seja sempre visto como um começo, um nascimento; a vida surgindo todos os dias.

terça-feira, fevereiro 19, 2013

POLITICAVOZ: Um partido sustentado na velha política?




A ex-senadora Marina Silva lança seu partido. Dizem que está de olho nas eleições de 2014. Com a criação do partido, e com sua candidatura; acredita chegar ao topo, a presidência. A sigla parece estranha, mas não é: Rede Sustentabilidade. A legenda é um tanto diferente de tantos outros partidos espalhados pela política nacional, mas é vanguarda; e é possível. Partido não precisa ser mais “partido”, mas unidade. Talvez a primeira noção ideológica que a sigla queria ter era exatamente essa, da junção. A R.S. nasceu pela integração. O novo “partido” também quer deixar claro sua ligação com a sustentabilidade (lógico).

E por essa característica, da unidade, e pela sustentabilidade; que eu imaginava que a nova sigla seria mais concisa, direta e esclarecedora. Pois é, não foi.  A apresentação do novo partido me deixou intrigado em várias questões. A primeira delas é sobre essa tal unidade. Afinal de contas, parecia-me que o partido iria se situar em algum lugar no espaço; mas fiquei com a nítida impressão que tudo foi combinado com uma letra transcendental raulseixiana: “não sou direita, nem esquerda; centro ou meio. Sou o que sou!”.  Conforme Marina, o partido é uma possibilidade. Quer coisa que transcende a política comum do que chamar um projeto de possibilidade? É um sonho que pode se tornar realidade.

Mas, ai vem uma coisa complicada no meio disso tudo: “uma possibilidade que se acredita só, é uma possibilidade; mas uma possibilidade crível é realidade (parafraseando mais uma Raul Seixas)”. A possibilidade proposta pela Marina só poderá ser uma realidade se conseguir ser clara nos propósitos. Eu, leigo ultimamente da política, fico imaginando quais as intenções do novo partido. Se, é sonho, ou apenas vontade ou mera politicagem; prefiro ficar onde estou mesmo, no meio de uma velha nova política. Fato é que a apresentação política do novo partido me deixou confuso, e consequentemente distante. Não posso compartilhar de uma possibilidade que me pareceu obscura e vaga.

No meio da entrevista Marina diz: minha proposta não é eleitoral! Pois bem, partimos então para o segundo termo do partido (que não se parte), que é a sustentabilidade. Eu teria maior segurança para falar sobre o tema se não tivesse parado no tempo, lá nos conceitos de responsabilidade social do início da década. Mas, ainda que desatualizado, imagino que o conceito de sustentabilidade é amplo e, por conseqüente, muito delicado. Mais importante do que uma eloqüência na questão política, é necessário que a ideologia da sustentabilidade seja clara. E a maior clareza que tive foi que a “luta continua” e que, mesmo com a impossibilidade de se criar o partido, a “agenda ambiental” será atualizada.

Nem política, nem sustentabilidade: o partido não me revelou ainda a possibilidade.

Tirando todo o balaio das novas idéias, algumas coisas ficaram claras: o partido não será diferente na ação política. Nem pode ser de outra maneira. Ele precisa de dinheiro, precisa de apoio; e precisará de acordos. Ainda que tenha uma idéia de sustentabilidade, precisará da parceria de empresários com “seu modo de agir em relação a sustentabilidade”. Precisarão de financiamento público para sua campanha e de doações. E exatamente pelo dinheiro público, pelo lobby e por tudo que a política conduz; Marina disse que quer um partido transparente. Uma característica que deveria ser intrínseca acaba sendo qualidade: a ética na política.  E essa parece ser um dos mais importantes artigos do novo partido. Item claro e direto: “o ficha suja será um corpo estranho no novo partido”. O R.S. pretende, portanto, ser um partido íntegro.

Espero mais informações sobre a nova legenda política. Dessa maneira poderei dizer que, não apenas concordo com o ponto de vista; como sou solidário com as ações o que partido venha tomar no comando político (legislativo ou executivo). Hoje, ainda que me esforce numa simpatia ideológica, principalmente pela questão da sustentabilidade; tenho mais dúvidas do que certezas. E a minha única convicção é que é mais um partido, que pode ter idéias novas e novas possibilidades; mas que não passa de mais uma nova sigla para a velha política brasileira.