terça-feira, julho 31, 2007

Vaso

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Aos poucos, queria um poema
Aos poucos nascendo bem assim:
Sem releitura, intenção ou sofrimento.
Que cansado, brotaria da terra; e das
mãos nenhum movimento.
Mas exausto o corpo e a mente;
lutam contra o poema que não se sente.
Então, se o coração no tormento queira
inventar desculpas aos sentimentos falsos.
Sofreria de amor, se a verdade existe;
quem sabe da ausência que não se sabe.
Mas é na falta que não se entende,
que a idéia preenche o meu poema morto.
E aos poucos a dúvida morre infame
quase aos poucos, nasce noutra realidade.
E vinga, como se possível fosse:
troncos,caules e outras flores.
Nascido do nada e para o nada foste.
Revelar segredos que não dizem nada.
Mas quem me dera serem inúteis relíquias
que na palma não fincam espinhos; e
seria pesadelo se esquecido veneno
que em mim mantém todo domínio.
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Aos poucos, queria me livrar dos poemas
que nascem em mim sobre o desatino;
desses que mais sofrem do que advertem
dos que mais choram do que se sabe.
Aos poucos um poema liberto,
sem água, nas folhas somem.
Quem sabe poema
que aos poucos
morre.
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