quinta-feira, junho 28, 2007

Relógio Invertido

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Do tempo eu não espero nada.
Que ande, como para todos, firme.
Sem regalia, enganos ou imóvel.
Que nas horas, que qualquer segundo
tente, a parede destruída dos dias.
Não importa o rosto decaído, nem
os ossos se contorcendo, falidos.
Se humilde, de joelhos, evitar a queda:
Pendurado na parede imaginária,
haverá sempre um relógio invertido.
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Acabado, perseguido; enfileirando gente
o tempo sempre arruma força no destino.
Se existe não é para outra coisa, que
encaminhar o homem ao termo.
Contando horas, de surpresa,
ignorar as preces de tantos tormentos.
Ser apático, designado quase sempre:
Levar quem queira e quem não consente.
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Não importa quem decida o contrário,
que brigue com as horas, diário.
Chegará momento que evitará o dano,
não mais se esquivando da fome latente:
o tempo remando em fortes torrentes,
decidir que real em nós, é imaginário.
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