sábado, junho 23, 2007

LadoZ - Bebel, O menor dos Encantos

..
Olá,


Tenho recebido boas críticas em relação ao O MENOR DOS ENCANTOS. Ainda bem que os e-leitores estão gostando da nova história. Bom, não gosto muito de explicar coisas em relação ao texto, primeiro porquê algumas coincidências são apenas coincidências; nunca sei dizer quando algum nome, fato ou personagem foi posto no texto como dica para um grande enigma contido na história.

Mas um fato curioso, levantado por um dos editores do texto, me levou a reler o texto e perceber que dúvida era pertinente: afinal qual o motivo de Fernanda ser chamada de Bebel? Se você ainda não chegou nessa parte da história, não se preocupe, quando ler vai saber o quê estou falando. Se você já leu, segue uma explicação nada convencional (Trecho de Complexo Eu, livro póstumo):

"....quando escrevi O MENOR DOS ENCANTOS, precisava de uma personagem forte, que fosse um dos pilares construídos ao redor do personagem principal. No começo adorei o nome Bebel, e quem me conhece, sabe que há referência em várias outras histórias desse nome. Bebel vêm da história do Cazuza, trata-se da Bebel Gilberto, com quem ele escreveu a música (Eu preciso dizer que eu te amo / Te ganhar ou perder sem engano / E eu preciso dizer que eu te amo / Tanto). O nome cabia perfeitamente, pois a história que queria escrever era bem mesmo a letra da música. Conforme o texto foi ganhando forma, Bebel ficou desaparecida quando comparado ao nome de Lúcia (mais tarde conto porquê substitui por Luisa), foi quando surgiu o nome de Fernanda, do meu poema de 2003:


Nenhum nome me perturba,
me condiciona a lembrança
de algo bom e confortável.
Nenhum nome me saúda,
me deixa a vontade no sofá
e busca uma cerveja gelada.
Nenhum nome me acaricia,
beijando minhas pernas e
sugando minha língua.
Nenhum nome me chama
para sexo ou para drogas,
bebidas e lanchonete;
depois do cinema.
Nenhum nome me falta
nos convites dos jantares
à luz de vela ou sem luz.
Nenhum nome me indica,
que está frio para dormir
sem camisa ou camisinha.
Nenhum nome se quer é mais feminino
que o seu no meu quarto
quando acordo de manhã.
Nenhum nome que desejo
me injeta ânimo de verdade
para novo dia ou noite
sem nenhum nome.
Nenhum nome Fernanda
leva-me à cama
para uma rima sacana
e idiota.
Nenhuma Fernanda me faz
sentir frio ou sentir fome
quando o nome bate o peito
e ainda está tarde
para se dormir sem camisa
ou com o peito
sem nenhum nome.


(TODO TEMPO, Um poema sem nome, 2003, pg.37)
.
.

"....assim troquei o nome para Fernanda em toda história. Acontece que Bebel não queria sair dali, parecia que tinha criado uma identidade com a personalidade de Fernanda. Para que eu continuasse com minha idéia, resolvi colocar o nome Bebel, como apelido de Fernanda, apenas na boca de Luisa, sua amiga....."


.
Para quem quer acompanhar a história, e não recebe e-mail com os capítulos, basta entrar no blog:

http://prosahojeevinte.blogspot.com


.
.
.
.

2 comentários:

Neisa Fontes disse...

Ahhh tá! Achei mesmo estranho o apelido da Fernanda ser Bebel!!! Mas não me incomodei com isso, já que meu apelido de criança era Preta. Qualquer um pode me apelidar do que bem entender e já que Luisa resolveu apelidar Fernada de Bebel...
Ah! Agora que sei do que não gostas não lhe perguntarei mais nada!!!
Estou pensando até em parar de mandar os "paralelos"!!! rsss
Abração!

Anônimo disse...

Não é bem assim, não gostar de responder. Até gosto, é a prova que eu tenho que as pessoas realmente estão lendo o texto. Acontece que por ser o autor, muitas vezes minhas observações acabam não sendo julgadas, colocadas como fato verdadeiro. Não é bem assim que eu vejo, cada um deve e pode fazer a interpretação que melhor convém. Os pararelos? Pode continuar, é claro.