sábado, maio 31, 2008

Naquela Caixa

Deixe algumas coisas naquela caixa,
Do lado da mesa da sala.
O resto pode levar tudo,
Nessa sua fuga desesperada.
Não me deixe que a veja chorando,
Sempre fui sentimental em despedidas.
Deixe lembranças, somente as boas.
Caberão perfeitamente.
Não pense que não valeu nada,
Sempre tiramos proveito.
Leve um pouco consigo, é preciso.
Reveja os planos, feche as feridas.
Sem essa de coração, retrato sorrindo.
Na caixa deixe o passado,
Leve a verdade, apenas. O que seríamos.

No meio da discussão vimos quanto
Estávamos errados em tudo.

Deixe os livros, não os meus;
Sempre tive péssimo gosto.
Leve a música que cantarolava.
Caberá perfeitamente.
Preste atenção no caminho,
Para não ter volta.
Na caixa, deixe apenas a solidão.
Com algumas coisas.
Tranque a porta, trinco nas janelas.
Cubra os espelhos e desmonte o castelo.
Não me veja chorando, jamais pensei na despedida.
Revele seus planos, recorde a ferida.
Na caixa que eu levo, não quero
Apenas a verdade, mas o arrependimento.

Antes de ir embora, vimos que há muito
Nos já estávamos no caminho do meio.

Um comentário:

Anônimo disse...

Cara escreve legal cheguei via uma postagem sua no orkut do Papoy.
muito bom o texto ecologico envie para www.valeparaibano.com.br e www.vejosaojose.com.br.

abraços

Joca Faria

www.cidadedaspalavras.com.br