quinta-feira, maio 29, 2008

O Vinagre

A saliva como ódio, sem disciplina.
No chão dizendo tudo sobre mim.
Quer minha verdade?
Escarrada como resposta.
Ali, transparente e salgada.
Azedume dos dias, vinagre!
Acre nos pulsos, na veia que corre
em direção ao fígado, a bílis.

E minha dor de cabeça que não pára.
Mas é o que menos importa.

As pessoas importam, mas incomodam.
Se quietas e tão distantes;
odeio também as pessoas falantes.
Elas podem me dar respostas
que me causariam coceira.
Uma fermentação no estômago.
Um maldito rancor que sentirei
pela falta do que fazer.
Esse suor, essa saliva.

No poema dizendo a verdade sobre mim.

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