terça-feira, março 24, 2009

Um algo estranho

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Não disforme, espelho quebrado.
Sem cheiro, o nariz escorre.
Sem gosto; a boca....
Seu nome; qualquer nome.

Não preciso dizer que te amo.

Meu corpo estremece.
Os olhos embaçados,
sei que está perto, mas
não quero te encontrar
sempre do mesmo jeito.

Meus sentidos se misturam:
Os olhos, a boca, o nariz.

Somente a pele continua sendo
alguma coisa importante,
misturando nossos gestos.

Por isso não preciso dizer que te amo.

(2006)
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