quarta-feira, março 11, 2009

Cartas ao Vento - 021

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Descobri semana passada o que significava o prêmio de melhor fotografia.

Não conheço cinema. Não sei falar sobre cinema. Confesso que conheço cinema como conheço literatura. Culinária. Química. O cinema como forma de arte, assim como pintura. Desconheço qualquer forma de arte, em seus aspectos técnicos e teóricos. Conheço cinema em sua prática: gosto ou desgosto. É assim. Pintura: legal ou não. Isso mesmo, cinema em breves comentários: legal, chato, curti; não gostei. Quase um tratado de ignorância todos os comentários que eu fizer sobre cinema.

Pois bem, li um comentário sobre o prêmio de piores filmes, o famoso “Framboesa”. É fácil decidir o pior, em suas categorias ruins, muito ruins e péssimos. Não precisamos de comentários técnicos sobre cinema ruim já que parecem também ter sido gravados sem qualquer critério. São filmes ruins, chatos e indecentes. Filmes temporais. Concordei com a premiação, mesmo não entendo nada do que o sujeito estava falando no texto.

Mas, o interessante dessa carta nem é o cinema, nem a literatura; nem a culinária ou mesmo a química. O que me interessa nesse texto é uma definição que eu sempre procurei me ocupar, mas que jamais consegui o melhor resultado. A pergunta é: qual a definição de arte?

Lembro-me de uma pergunta dessa, feita num passado não tão distante, por um amigo. Ele me perguntou se eu achava moda uma arte. Bom, escrevi três textos como resposta, mas nunca tive coragem de enviá-los ao meu amigo. O primeiro texto resumido: arte é a imitação da vida. No segundo texto: a vida é uma representação da arte. O terceiro texto: quem nasceu primeiro? O círculo continua na minha cabeça, deixando-me sem saída.

Desisti de pensar que a vida imita a arte, ou quem representa o que.
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