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Contarei sobre mim três mentiras,
E apenas uma única verdade.
Duvidarão de todas, mas ouvirão quietos.
Dizer-ia a morte, mas ninguém acreditaria.
Que a fome, mas todos duvidariam.
A mentira, que contarei um dia;
deve ser tão próxima a verdade,
que os cépticos se submeteriam.
Não vivo mais nessa terra.
E as mentiras, tão dilaceradas;
Servirão de irá, em meu corpo.
Pequenos pontos perfurarão minha pele,
Acreditando que dali não houvesse sangue.
É por ele, sangue, a mentira que eu decido.
Que não corre mais nas veias;
Por infortúnio ou descaso,
Ou desgosto ou covardia.
Morro pelo sangue que me apavora.
E as paixões, outras mentiras,
Que fazem o coração pequeno,
Mostrarão aos impacientes,
A cura inversa no engano.
Morrerei mais pela falta da paixão,
Do que pensar em seu excesso.
E destruído pela paixão, me incomodo.
E feliz viverei na desilusão,
Como qualquer outro ser humano.
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