quinta-feira, outubro 18, 2018

Poema da Verdade

Raiz profunda que me prende.
Na terra úmida, não sinto as pernas.
No vento gelado, cortam o rosto.
E a natureza, olha a natureza:
ela não é a verdade que eu queria.

A minha natureza não é perfeita.
Desordena minha fome de permanecer;
Decide minha sede de matar. 
E a natureza, rompa a natureza:
ela é o demônio de quem quero fugir. 

O corpo e a mente, raiz tão sinistra.
Na terra gelada poderá ficar para sempre. 
Cortam seus caules, destrói as folhas: 
E a natureza, renovada pela natureza: 
Lá na minha ignorância me faz renascer.

E passos calmos em direção ao presente,
a verdadeira vida que empurra e segue,  
na alma se despede com elegância. 
Dessa natureza tão deprimente, ora: 
Uma natureza que eu nunca quis viver.


Nenhum comentário: