domingo, junho 19, 2016

PÁGINA 45

...tentei colocar o meu rosto nos pingos que estavam caindo. Era a primeira vez que sentia o gosto da chuva, depois de tantos anos amedrontado no espaço e tempo do cotidiano. Nada me impediu, durante longos anos, de sair na chuva; olhar para o céu; sentir os pingos. Mas, mesmo livre, algo me prendia. Não era uma proibição de fato, mas uma sequencia de observações falsas sobre as coisas que valiam na vida. A chuva no rosto vale mais que esse texto....

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