quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Improdução

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Venha ver-me, nesse dia de verão.
Onde as flores não estão mortas.
Venha para me ver, nos últimos dias.
Esses que chovem.
Conheço meu caminho,
mas tenho andado perdido.
O que preciso ser,
não tenho feito.
Sou um passado desfeito.
Quais palavras eu preciso escrever?
Precisas, diretas; falsas.
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Estou cansado de ser quem eu sou.
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Venha, para eu poder dizer
que as flores não morreram;
mas são seus últimos dias.
Logo em mim, outra estação,
onde as flores caem,
plantas morrem
e a terra fica seca.
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Sem vida, impaciente; desiludida.
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Venha, mas não se assuste.
Meu esboço em ossos, carne
Sem alma e qualquer sentimento.
Venha para ver o último poema,
que nascerá vão.
Encava da solidão e abandono.
E que ditará aos ouvidos
os últimos dias
das flores
e do futuro desfeito.
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Estarei sem vida, cansado e impaciente.
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