quinta-feira, setembro 11, 2008

Setembro

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Quando setembro,
vozes doces
chegarão em desespero.
E o vento,
que faz silêncio,
desdobrará em flores,
mortas.
.
Onde as almas perdidas renascerão.
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Lendo em lápides
o agradecimento vão.
Farão histórias,
as almas quietas,
Quando decidirem não mais
a solidão.
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Em setembro,
a chuva que cai contínua,
Numa negridão desorientada
Faz perder os caminhos
da luta Pela carne, em desatino.
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Mostrarão as almas
de onde saíram perdidas.
Caminhando pela Lua,
E lobos resmungando fome.
E Mulheres,
entregando-se na imensidão.
Quando setembro,
os caminhos longos se acalmarem.
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Quando setembro,
doces vozes
Em desespero gritarão seu nome.
E o vento levará o recado,
em silêncio.
Os mortos enterrarão as flores,
as almas que nasceram perdidas,
buscarão abrigo.
Na lápide, no desdobramento
e a penitência de quem parte.
Em setembro.
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Mostrará apenas um caminho que percorrermos.
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