quinta-feira, agosto 09, 2007

Vai ver

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Vai ver em nós, alguma coisa
De tentar, cansou; vai ver
Os outros, tão confessos,
Tenham inspirado, nos olhos
O sono que não vai chegar.
Quem sabe o amor não é
Tão mais sublime, vai ver.
Vai ver não tenho muito mesmo
Para dizer ou ensinar.
Se sorriu de mim, pode mais:
Evitar tantos outros.
E se cansou, pois bem, jamais.
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Vai ver tudo mesmo é sem sentido.
Tentar, justificar; posso confessar
Que a inspiração não é sublime assim.
Vai ver em nós, os outros vêem mais
E tentar, rebuscar; cansou.
Vai ver que não era mesmo
assim, confesso.
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Alguma coisa errada em nós:
Querer, cansou; vai ver.
Os olhos tão discretos,
Tentam inspirar outro rumo.
O sonho que vai chegar, sublime.
Que não vai ser amor, mas próximo;
Tão mais verdadeiro, vai ver.
Vai ver, não tenho muito mesmo
Para pedir ou discutir.
Se chorou por mim, pode mais:
Evitar-me como tantas outras.
E se lamentar, pois bem, jamais.
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Vai ver tudo mesmo é uma besteira.
Escrever, rabiscar; posso mais
na inspiração tão essencial em mim.
Vai ver em mim, os outros vêm mais
E improvisar, revelar; cansou.
Vai ver que não era mesmo
Para eu ficar tão calado assim.
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Um comentário:

Neisa Fontes disse...

Lindo! Quase chorei... estou sensivel hj...
Ah! Escrevi o segundo capítulo! Passa lá!