segunda-feira, abril 07, 2014

A imensidão dos poemas

 

Perdi a imensidão dos poemas.
Aqueles, que rompiam horizontes.
Hoje, e quase indecente, voltam:
Retomam,
Repetem e
Desrespeitam-me.
Estagnam-se,
os mesmos gestos,
Numa única mensagem.

Não servem mais a nada.

Que construção lateja, então?
Nos sonhos do mundo?
Pois traduz, ainda, palavras
Criando-me na vastidão.
Qualquer mensagem,
Nem demais,
Quer leiam indecisos;
Os poucos que revejo.
Onde há deles em mim,
Está também o coração.

Mas não serve mais de nada.

Que rimas, poucas, fúteis,
onde transbordam músicas
de ontem, até hoje, os acoites
De uma recitação que nunca houve.






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