quinta-feira, junho 09, 2011

Lugar Errado

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Impressão que tenho desse lugar ideal:
Estou preso e esquecido, enfim.
Tenho certeza que aqui o relógio erra.
E a passagem da vida muito mais.
Esse lugar, pintado em brasa;
É do meu inimigo da vida.
Dos tubarões famintos, mortos.
Do deserto sem grito, o frio.
Da floresta sem fome, quase extinta.
Onde tudo parece tão igual.
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Os dias são iguais, imensamente iguais.
Ontem e o hoje, conectados ou não.
A sucessão dos passos, de sonhos.
Invariável série de ações:
Dormir, acordar e morrer.
A continuação das coisas,
prosseguimento das dúvidas e
prolongamento da dor.
Onde tudo parece não ter fim.
Os dias que acabam em sua imensidão.
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Ontem e hoje, tão intensos.
Horas que viram noites e
sentimentos em solidão.
O lugar ideal, onde preso;
é o tempo que passa esquecido.
Dormir, morrer e acordar.
Numa continuação de dúvidas
Sobre a floresta ou o deserto;
Se vale a pena, onde tudo igual;
Esse lugar para continuar a viver.
Esse lugar que parece tão ideal.
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