quarta-feira, setembro 26, 2007

Mandada

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E desse feitiço, de quebra;
De arrumar saia, de fugir de si
Esmaga a serpente que envenena.
E já era, está feito, de amor
De ódio ou de inveja que morde.
E se mandou, mando de volta;
Quero bem, mas não me incomode.
Se dançar na mesa, música sem dança.
Também faço maior confusão
Dentro de sua casa.
Cobiça é para demo, e palavras
Ao inverso, são dos deuses.
Poema não bota fé, nem tira:
Mas a raiva tem coragem onde
Ninguém admira.
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Ando com essas dúvidas.
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E desse privilégio, não quero.
Manda-me embora, onde se engana.
E já foi, está feito, de amor
Ou ódio, palavra ao vento, não volta.
Quero bem, mas não me amole.
Se matar-me pelas costas, dou a frente.
Também faço loucura,
Dentro da sua cabeça.
Carniça é para abutres, e a carne
Viva sempre vêm do ventre.
Poema sem fé, serve para poucos:
Mas se sirva das formas
Que eu já desuso.
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