Do silêncio que não pode existir,
posto que a vida flui, em odores,
sentimentos, frases e chamados.
Eis que a intenção do dia, impôs
calar-se para ouvir-se o menor
e o maior propósito de acordar.
Sentar-se diante o mar, e ondas,
que ficam a movimentar a linha
do horizonte onde não podemos
sequer pensar em nos aproximar:
É Deus movimentando os braços?
E o silêncio que não é passividade,
mas um empurrão do tempo, que
nos tira de uma areia movediça,
que não se move, mas engole, e
nos atraí, para uma mesmice da
sequência do momento de acordar.
Sentar-se diante do céu, e nuvens,
que ficam a estagnar essa imagem
do horizonte que não podemos
sequer pensar em nos aproximar:
Estaria um Deus tão distante?
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