sábado, fevereiro 17, 2018

Ondas


Do silêncio que não pode existir, posto que a vida flui, em odores, sentimentos, frases e chamados. Eis que a intenção do dia, impôs calar-se para ouvir-se o menor e o maior propósito de acordar. Sentar-se diante o mar, e ondas, que ficam a movimentar a linha do horizonte onde não podemos sequer pensar em nos aproximar: É Deus movimentando os braços? E o silêncio que não é passividade, mas um empurrão do tempo, que nos tira de uma areia movediça, que não se move, mas engole, e nos atraí, para uma mesmice da sequência do momento de acordar. Sentar-se diante do céu, e nuvens, que ficam a estagnar essa imagem do horizonte que não podemos sequer pensar em nos aproximar: Estaria um Deus tão distante?


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