terça-feira, abril 11, 2017

MUNDO QUE EU VIVO


Tudo anda tão doente,
que, às vezes,
acho que só por esperança,
vivemos.
Todo mundo sem sono,
numa insônia inconsequente;
que prefiro achar que só é doença.
Tudo tão doente,
parado na porta de casa;
com armas em punho,
esperando um vacilo qualquer.
Todos doentes, defendendo os doentes,
como certo fosse andar tão doente.
E defendem a doença com unhas e dentes.
impõem ao outro suas verdades,
vermes e bactérias
de um pensamento doente.
E querem o fim da doença,
torcendo pela doença,
desejando o fim do mundo.
Tudo tão doente nesse mundo
que eu prefiro nem ter esperança.
Esperamos?





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