quarta-feira, março 15, 2017

POLITICAVOZ: Pior que está, fica



Hoje é um dia de caos. Mas quer saber a verdade? É pouco. Fizemos muito mais por causa de vinte centavos. Fizemos muito mais quando nos disseram que um partido era responsável por toda a corrupção do país. Fizemos muito mais quando nos disseram que devíamos sair às ruas por causa de uma irregularidade no Governo Dilma (que não incluía, pasmem, o vice). Fazemos mais quando nos mandam fazer. Então, agora, com o fim dos direitos, deveríamos fazer muito mais.

Sou favorável a Reforma Previdenciária. Se estão dizendo que o cálculo não bate, concordo e acredito (embora intimamente acredite que não seja bem assim). Sou favorável à uma ampla e irrestrita modificação em todo o processo previdenciário. Mas o quê entendemos como aposentados? Aposentados são todos os trabalhadores? Em partes, alguns trabalhadores têm direitos outros privilégios. Fim aos privilégios com a Reforma Previdenciária. O fim dos privilégios é mais importante, justo e rentável que o fim dos direitos*. Sim, o cálculo não bate, e não bate porque alguns recebem muito tendo contribuído pouquíssimo. Concordam? Então, estamos fazendo pouco ao não se unir aos motoristas, metroviários e afins, parando o país.

Outra coisa importantíssima que o Governo atual não coloca em conta: falta de vontade ou jogo político ao evitar a negociação das dívidas bilionárias das empresas com a previdência. Sim, meus caros amigos, nós, trabalhadores normais, vamos pagar com trabalho aquilo que empresas ricas, poderosas e gigantescas deixaram de pagar em dinheiro. Mas tudo bem, nós aceitamos com bom grado, pois não gostamos de briga, nem gostamos de discussão política.

Hoje é dia de caos, mas é pouco. Pouco pelo tanto que somos enganados, pelo tanto que nos roubam diariamente (e eu queria tanto que todo esse roubo fosse coisa do Partido dos Trabalhadores, pois seria mais fácil sanar esse terrível câncer da nossa estrutura política e econômica). Mas, para falar a verdade, acho que o castigo é pouco... Depois que nossa máxima política passou a ser "pior que está não fica", dita por um personagem palhaço; nada mais antítese para o eleitor que discute política sem gostar, vota em político pensando que não é; pensa no bem público do próprio umbigo...

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