Naquela noite, de sono terrível;
o sono que não veio; do jeito,
da cor e do som que eu prefiro.
Nas horas que conto sozinho,
cada ponteiro é picada de inseto
que com veneno alimenta o corpo,
e o pensamento tão inútil e incerto.
o sono que não veio; do jeito,
da cor e do som que eu prefiro.
Nas horas que conto sozinho,
cada ponteiro é picada de inseto
que com veneno alimenta o corpo,
e o pensamento tão inútil e incerto.
Naquela noite, escurece ainda mais
aquilo que vejo, e ouço e sinto, mas
prefiro silenciar nas horas incertas;
de cada ponteiro como veneno, que
alimentando-se do corpo, tão inútil
vê no sono, ainda que sem encanto;
cantar ao infinito todos os sofrimentos.
Requer sabedoria não aceitar o sono,
como aquele sono que não teve jeito,
de não ver as horas que passam, e
não ouvir o ponteiro que fica; e sozinho,
não alimentar o pensamento de viver,
tão inútil, incerto é qualquer vida, depois
da mordida lenta e sem cor desse inseto.
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de não ver as horas que passam, e
não ouvir o ponteiro que fica; e sozinho,
não alimentar o pensamento de viver,
tão inútil, incerto é qualquer vida, depois
da mordida lenta e sem cor desse inseto.
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