quinta-feira, junho 13, 2013

Não é você

 

Sangue na garganta, indecifrável.
A bebedeira, espasmos, o cansaço.
O vazio, morro, mato; dias de esquecer.
Na masmorra, vento.
É você?
Não, não é você.

E passam anos, décadas; junho.
Esses dias que passam, valendo nada.
Quem de nós ainda quer tanto
o que decidimos ser a nossa sorte?
O vazio, o peito; um chiado.
É você?
Não, não é você.

Puxo a cadeira, ajusto o lustre.
A luz de dentro não sufoca, arde.
Aquilo que em mim não responde.
O que eu pretendo ainda vivo?
Seu amor, num vazio; maio.
Sem você?
Sim, sem você.











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