quarta-feira, setembro 09, 2009

Lápis

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Da minha infância,
Qualquer erro e descaminho.
Lápis, da pedra que risca o chão,
Da pedra, que dá seu nome,
Rabiscados sem motivo.
Era um poema,
E eu não sabia de quem.

Que me representa no papel branco.
Que me faz cores, na carreta;
Na igreja, no caminhão e céu.
O lápis que contorna minha casa,
Protegendo-me de fantasmas,
Que o lápis não consegue desenhar.
O lápis, que era minha espada,
Hoje não existe mais.

Da minha infância,
Era tão fácil ser feliz para sempre.
E escrever para sempre,
E decidir que para sempre existirá.
E da pedra, que tirei o nome,
numa pedra filosofal tão mais simples.
Que ficou para trás.

Era meu modo fácil de apagar a memória.
E representar no papel branco,
O que hoje não sinto mais.
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