sábado, fevereiro 25, 2012

E o destino?

.
Alguma coisa pode estar vivo
Dentro ou fora: ao meu lado.
Respirando.
Sinto a inspiração: Algo sutil, mas vazio.
Sou eu indo embora, me deixando.

Quantos dias para me reconhecerem?
Quantos copos foram precisos?
Não sei.
Não quero saber.
Não mereço que olhem para o quadro
e comecem a deduzir o fim de tudo.

O ano acabará, mas a vida não.
É certeza que ela continue,
única e incerta pelo ponto de partida:
a morte.
Partimos como chegamos,
Perdidos, desorientados e sem sono:
A vida.

Crianças e velhos não têm sono.
Eu sofro para sonhar e dormir,
Às vezes, inibo o sonho, mas durmo.
O inverso tão desproporcional,
Intensamente infeliz.

Olho para mim, na cama:
tão derrotado.
Olho da cama para mim:
Voando.
Ainda assim sem qualquer vitória.

Não são histórias que me farão herói,
Nem a vida o vilão.
Mas em mim essa vontade de estar
De onde nunca deveria ter saído;
E sair de onde nunca deveria ter entrado.
.
.
.

2 comentários:

Patricia disse...

Meu amigo...faz anos que acompanho o que vc escreve e é fato também que o tempo só te faz melhor...e assim é que deve ser, não é mesmo? bjs

Patricia disse...

Oi, meu amigo! Já faz alguns anos (muitos) que eu acompanho o que vc escreve e é fato que o tempo só te faz melhor...e é assim que as coisas devem ser, não é mesmo? bjs