Que farei
nessa hora, uma hora.
Tenho
exato, a partir, ficar.
Uma hora,
todo o tempo de uma hora.
Comerei o
almoço.
Assistirei
parte de sua estreia.
Farei nada,
além da vida.
Tenho uma
hora, que farei?
Olho para o
relógio e ele parece parado.
Ligarei em
uma hora, o final de tudo.
Pensarei,
em cinquenta e nove minutos.
Decidirei,
de agora, menos uma hora.
Que farei
para passar esse tempo que demora?
Ficarei em
silêncio (se puder),
Rir da
vida, senão chorar, preso; ainda.
Olho pela
janela e o relógio parado.
As cores
também paradas.
Todos
sentados em seus afazeres,
Mas eu
preciso que uma hora, de agora,
Começará o
acabar mais rápido.
Como
sobreviver uma hora?
Considerando
paradoxo terrível do tempo:
Quanto mais
ele passa, menos eu liberto.
Mais ele
passa, menos um pouco eu morro.
Olho para o
relógio e é mais um dia que vai embora.
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