Disperso,
na relíquia do tempo, viajo para dias melhores.
A nostalgia
que paira, reflete no limbo, criaturas felizes.
Era feliz
aquele tempo e sabia.
O pé da
fruta, do primeiro sabor, que eu não sabia o nome:
Bicho com
fruta, fruta com bicho; ainda não matava.
Naquele tempo,
do passado em preto e branco,
Tudo parecia
mais colorido, ainda que aos avessos;
A vida
tinha lá, em seus trejeitos, um tanto de dificuldade.
Chocolate,
pão com requeijão; mistura da comida variada.
Tudo faltava,
desde remédio até os canais de televisão na sala.
Mas eu era
feliz, naquele tempo; coisas que a saudade traz.
O mundo
anda tão distante, tão menos saboroso.
Ando me
acostumando com o errado.
Aquilo que
não dá certo,
com
esquisitices alheias, as minhas.
Com a
infelicidade, que de todo hábito,
É o pior.
E viajo,
como quem foge mesmo, sem ser derrotado pela vida.
Ando sumindo,
como quem olha a paisagem e parece não saber;
Não pensar
em nada; ou quase; pois é impossível qualquer vazio.
Fico ali,
olhando os carros diferentes, as pessoas que se matam;
A febre que
devora, as doenças que se espalham; a guerra
A epidemia,
o transtorno de todos; pois todos estamos transtornados.
Olho gente
indo, gente querendo ir; gente com medo de ficar.
De assumir
a vida, a vontade de abraçar, de dizer coisas boas.
A felicidade,
como bem precioso, tem lá sua culpa na inveja.
O mundo não
me pertence.
Pois, na
chuva, da água poluída; o medo.
Ando me
acostumando com o medo.
Com as
bizarrices das pessoas; ou as minhas.
Com a
infelicidade, que bate a porta;
E deixo.
E quero
mais um pouco de tudo que o mundo esconde.
Que se
esconde do mundo, as coisas mais belas.
As coisas
lá do passado; ou presente, a relíquia.
Meu maior
presente será a felicidade, dos dias; aproveitados.
Todos os
dias!
Carpe Diem aos avessos, ad aeternum.
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