E se, de
repente, olhar para mim:
Finja,
odeie; ame de verdade.
Só não faça
questão de ignorar;
como quem
ignora um desconhecido.
Ponha a
solidão no devido lugar,
senão alguém
fará falta.
E seus
olhos, nunca vi.
Nunca sorriu
para mim
nesses poucos
minutos
em que não
nos conhecemos.
Não importa
muito,
já andamos
nos despedindo.
Para quem
você olha quando precisa ir embora?
Não me deve
nada.
Nenhuma desculpa.
Nem quero
saber o seu nome.
Nem precisa
me dizer as horas.
Nem qualquer
conversa tola.
Não me
deve.
Eu – em meu
sonho – devo-lhe explicações:
De minha
ausência.
Da minha insistência.
Da minha
paixão.
Perguntaria
a mim se tivesse me notado?
Pois esse
encontro que nunca teremos
Carrega um
tempo inútil da nossa história.
De você
chegando e partindo,
Da minha
partida sem nunca me ver chegando.
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