Sei que
mudamos, nós nos olhamos tão aflitos.
Ficamos
distantes, convencidos; tempo perdido.
Perdi você
em alguma dessas paisagens, onde
Criamos
tantos monstros, tantos pássaros;
Comendo
enquanto voávamos bem longe.
Será que um
dia você volta? Perdi a chance.
Como te perder,
ainda que não queira mais?
Perder
assim, sem nunca ter. Volta um dia?
Nem quero,
mas existe um abismo de hoje.
Hoje
acordei e me senti tão pessimamente livre.
Sei que
mudamos, tantas horas que perdemos.
Nossas
aflições, distantes, curvando-se no tempo.
Qual desses
monstros ainda tanto incomoda?
Qual deles
voa disperso quando estamos longe?
A ciência
exata da desumanidade é criar respostas
Ainda que
imprecisas de nossa próxima paixão.
Não sabemos
como começa, nem de onde vem.
Só é certo
que será outro um abismo de amanhã.
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