Entediado, eu
que rogado, nunca fui de samba:
Outrora o
passado, que é presente, um passado
bem distante;
lá dos poetas e violeiros; eu fui.
Lá tinha
gente comum, mas semideuses, do poema
da música e
de conhecer você, qualquer mulher.
Eles sabiam
os olhos, sabiam a alma; entendiam
de algum modo
mais que eu, qualquer sorriso.
Quem dera um
dia, ao piano e uma letra, eu
cantando
desafinado, como fora a música, hoje.
E gritam o sarava de uma fé desconhecida,
e riem das desgraças
do vento, que causam
solidão, a
dor e o pouco do desamor:
“Lavai-me, chuvas! Enxugai-me,
ventos!”
Entre eles me
sento, pego uma cerveja; bebo.
Se fumo,
naquela foto branco e preto, fumo pouco.
Mas amo mais,
pois amar ali, naquela história;
parecia ser
mais livre e mais compreensível.
O poetinha,
que curvava-se pela mulher morena;
não tinha
qualquer vergonha de amar.
Não tinha
vergonha a mulher, ainda que chorando;
de sorrir de
qualquer bêbado que chegava
a noite, sem
qualquer desculpa; com qualquer
tormento e a
camisa branca manchada de vermelho.
E ali,
naquela foto em preto e branco; podia-se dizer
Em alto em
bom som:
“Sem você meu amor eu não sou ninguém”.
Que saudade
daquela época, quando estou entediado.
Saudade de
sorriso da mulher que não conheço.
Sorriso de
poder escrever sobre você:
Amar, cantar, fumar e beber; saudade de rimar,
em decassílabos sonetos; prosas e versos,
escrever sobre você;
mulher que nos sonhos aparece sempre sorrindo.
Amar, cantar, fumar e beber; saudade de rimar,
em decassílabos sonetos; prosas e versos,
escrever sobre você;
mulher que nos sonhos aparece sempre sorrindo.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário