Preciso de um canto, quieto, calmo.
O
tempo que passa depressa, encerra.
Um
canto sem ninguém, sem falar.
Um
canto com uma luz, uma vela, um olhar.
Um
canto para chorar, sorrir, relembrar.
Quantos
cantos você tem?
Na
cama temos o sonho,
Na
mesa a oração.
No
oratório a redenção.
Eu
preciso do silêncio, mas não quero.
Quero
o norte, aonde ir.
Às
vezes nos sentimos tão sós
em
nossas próprias decisões.
Caminhar
sozinho, olhar para as nuvens.
O
que elas revelam?
No
sonho, na oração, na liberdade?
Aos
poucos morremos, sabemos.
Mas
tão difícil, indeciso, repleto.
Para
onde quero ir agora?
É
cruel a luta contra qualquer dor.
Preciso
te ouvir um pouco mais.
Dizer-me
o que fará agora.
E
se o tempo, que passa, existe.
Ou
se depressa sentimos o fim.
Qual
a decisão que devemos tomar?
Eu
preciso do silêncio, absorver-me.
Na
mesa, na oração; completo.
Ainda
que morra, no vale caminharei
com
uma vela, um olhar; aprovação.
Não
temerei meus pecados.
Não
temerei coisa alguma.
Mas
preciso de um canto, um jeito.
Preciso
de um remédio, uma forma.
Preciso
de um caminho, uma coisa;
Uma
qualquer coisa.
Às
vezes me sinto muito só
Em
minha própria decisão.
Sonho?
Pulo? Ignoro? Ou vivo?
Caminhar
pelas nuvens sem respostas
Ainda
assim saber de quase tudo.
É
cruel demais não ignorar a vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário