"O olhar do bicho parecia morto, mas não era. Ele, nos instantes de agonia, parecia viver. Segurei com as duas mãos a haste envenenada em seu corpo, puxei com toda força fazendo o coração expulsar um sangue, que em partes estava coagulado. Ele queria viver? Não dava para saber. Eu só sei que precisava de ajuda. Deitei-me ao seu lado esperando qualquer providência, socorro ou manifestação dos deuses. De qualquer forma eu estava me sentido do mesmo modo que aquele animal, ambos angustiados pela dor da vida, mas desesperançosos na morte. Não sabíamos qual o socorro merecíamos, mas ele iria chegar..." Crônica do dia das almas, pg. 12
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