terça-feira, julho 22, 2008

Vida

Perdi alguma coisa,
Foi sumindo, deteriorado.
Não sei se me falta, mas corrompe.
É a vontade, talvez.
Essa coisa eu não sei o nome.
Mas tira o brilho das coisas, é simples.
Fui perdendo, no cotidiano.
Arranca a luz no futuro também, cruelmente.
Essa coisa não me foi tirada, nem extirpada;
Não me roubaram nem me enganaram.
Essa coisa que eu não sei o nome,
Era importante demais para ser esquecida.
Mas eu perdi em algum lugar, a vida.

E as pessoas pensam que ainda sou o mesmo.

Não sou.
Ninguém jamais será o mesmo.
Pois perdemos sempre, sem querer.
Perdemos sem dar conta de que algo falta.
E quando percebemos, num breve momento,
Já é tarde.

Essa coisa sem nome, fez abandonar.
Submergindo na terra.
Eliminando o pouco que sobrara da verdade.
Fez mais, mesmo não sabendo disso:
Esgotou em mim a única coisa que me fazia vivo!
E as pessoas pensam que ainda sou
mas não estou mais.

Perdi alguma coisa que não sei mais procurar.