quinta-feira, junho 28, 2007

Relógio Invertido

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Do tempo eu não espero nada.
Que ande, como para todos, firme.
Sem regalia, enganos ou imóvel.
Que nas horas, que qualquer segundo
tente, a parede destruída dos dias.
Não importa o rosto decaído, nem
os ossos se contorcendo, falidos.
Se humilde, de joelhos, evitar a queda:
Pendurado na parede imaginária,
haverá sempre um relógio invertido.
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Acabado, perseguido; enfileirando gente
o tempo sempre arruma força no destino.
Se existe não é para outra coisa, que
encaminhar o homem ao termo.
Contando horas, de surpresa,
ignorar as preces de tantos tormentos.
Ser apático, designado quase sempre:
Levar quem queira e quem não consente.
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Não importa quem decida o contrário,
que brigue com as horas, diário.
Chegará momento que evitará o dano,
não mais se esquivando da fome latente:
o tempo remando em fortes torrentes,
decidir que real em nós, é imaginário.
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quarta-feira, junho 27, 2007

Era Dunga (Segunda)

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Começa mal a Copa América para o Brasil. O jogo ainda não acabou e eu já estou aqui escrevendo a derrota. Pode até acontecer uma virada, mas pelo que vi no primeiro tempo, isso é quase um milagre. Onde se pode esperar mais por milagre é no futebol. A coisa não anda boa e não é de hoje. Sem as estrelas, que eu nem sei muito bem se são tão estrelas assim, o futebol ficou apenas bom. Bom qualquer seleção tem sido, algumas são ótimas, como é o caso da Argentina. México é bom, para menos. Acaba de perder para os EUA a Copa América deles, está agora participando da Copa América nossa.
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O Brasil começou péssimo nos primeiros dez minutos. Era normal para qualquer time, o nervosismo de estréia, coisa e tal. Passou a jogar mal durante os outros cinco minutos. Não é tão normal assim ser vaiado nos primeiros quinze minutos, e o Brasil foi. O resto então, do primeiro tempo, uma verdadeira lástima. Brasil não tinha saída de bola da defesa, esperando alguma mágica do, mais uma vez quadrado mágico: Alex, Elano, Diego e Robinho. Sou fã desses caras, mas lá no Santos naquela final que foram campeões. Também gosto do futebol do Mineiro, mas lá no São Paulo. Doni? Acho que só um amigo meu gosta do futebol do Doni, amigo que prefiro não revelar o nome.
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Tudo bem, são poucas opções para a seleção. A melhor coisa, tirando os astros Kaká e Ronaldinho, estão na Venezuela, treinando com Dunga. Viu como estamos numa situação difícil? O que resta para os brasileiros, então? Botar o pé no chão. Bater no peito e dizer bem alto que o futebol brasileiro não é essa maravilha que o Bueno quer nos fazer engolir goela abaixo. É um dos melhores do mundo, ninguém duvida. Ninguém duvida pois a seleção campeã da Copa é a Itália. Alguém sabe a escalação da Itália? Pasmem, muitos nem se lembram da Copa passada. Ser uma das melhores do mundo não é coisa de se admirar, então.
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Pegue o campeonato brasileiro (minúsculo mesmo), a participação dos clubes brasileiros na libertadores. Veja como anda o campeonato nesse momento. Alguma coisa que podemos nos orgulhar? Nada. Faça uma lista de dois jogadores para cada posição na seleção. Unanimidade é burra, mas mais burra ainda é aparecer tantos nomes para cada posição. Temos uma porção de goleiro, e ao mesmo tempo nenhum. Lateral? Uma baciada e nenhum. Rogério Ceni talvez seja unanimidade. Centroavente? Vágner Love e Fred. Fred ou Vágner? Tanto faz. Que isso?
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Gilberto Silva é capitão. Capitão geralmente é ídolo, pelo menos no meu tempo de torcedor era assim. Tivemos tantas figuras ilustres, que marcaram história. Dunga foi um deles, levantou taça e criou a Era Dunga. Futebol de marcação, de pouca técnica mais muito competitivo. Sócrates foi capitão, Romário. A renovação que Dunga aposta, na minha opinião, já começa errada com o capitão. Mas quem poderia ser essa figura? Não temos nenhum líder, por enquanto.
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Falando em Dunga, ele não é o melhor nome. Pode até ser um bom treinador, no futuro; quem sabe? Tem presidente que nunca foi vereador, mas já presidente. A lógica não é bem essa, mas serve de exemplo. Pelo menos Dunga foi líder em campo, e estamos precisando de uma figura como a dele. Mas e no campo? Quantos são os jogadores que poderemos contar no futuro? Quando enfrentarmos uma Argentina? Já estamos pastando com o México.
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Bom, deve estar acabando o jogo...... quase fim e minha previsão está dando certo: derrota na estréia.
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terça-feira, junho 26, 2007

Minha Ausência

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Esse poema eu escrevi em 2006, não lembro exatamente em que período da minha história. A única coisa que sei é que ele faz mais sentido agora. Posso compreender o que queria dizer com ausência, e como era se sentir acuado diante de uma situação qualquer que causasse medo. Posso afirmar, portanto, que hoje o poema faz parte de um pouco de minha vida.
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MINHA AUSÊNCIA
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Eu quero estar bem longe,
acabado, danificado, enclausurado.
Uma bomba qualquer me partindo ao meio.
Um arrepio de medo,
um sentimento ruim de perda.
Qualquer assunto que me deixe
incomodado.
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Por tudo isso estarei longe.
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Visitem minha ausência,
como quem se depara com uma cova
vazia, sem flores, mal acabada.
Pois há lá fora alguma coisa.
Não tem forma, não tem cores;
sua voz sai suave, mas potente.
Toda hora me chama.
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Por ela estarei longe.
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(E pretendo não me arrepender disso)
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- Contemplação dos Fracos, pg.29-
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domingo, junho 24, 2007

LadoZ

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Quem precisa saber?

[Que som não sai da cabeça] – God put a smile upon your face (Coldplay)
[Que roupa no corpo] – Velha
[Livro que não terminei ainda] – Terminei das outras vezes, mas estou lendo novamente (A Grande Arte, Rubem Fonseca.
[CD] - System of Down
[DVD] – (nada)
[Bebida na geladeira] – Guaraná (Pinga de BH, fora da geladeira)
[Comida que faz falta] - Lasanha
[Que papo cabeça] – Música
[Onde pretendo ser Infantil ] – No chão da sala
[O quê é Difícil ] – Final de noite, domingo.
[ Minha maior Bagunça] – Textos, em cd
[Melhores coisas para hoje] – Passar, sem se arriscar.
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sábado, junho 23, 2007

LadoZ - Bebel, O menor dos Encantos

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Olá,


Tenho recebido boas críticas em relação ao O MENOR DOS ENCANTOS. Ainda bem que os e-leitores estão gostando da nova história. Bom, não gosto muito de explicar coisas em relação ao texto, primeiro porquê algumas coincidências são apenas coincidências; nunca sei dizer quando algum nome, fato ou personagem foi posto no texto como dica para um grande enigma contido na história.

Mas um fato curioso, levantado por um dos editores do texto, me levou a reler o texto e perceber que dúvida era pertinente: afinal qual o motivo de Fernanda ser chamada de Bebel? Se você ainda não chegou nessa parte da história, não se preocupe, quando ler vai saber o quê estou falando. Se você já leu, segue uma explicação nada convencional (Trecho de Complexo Eu, livro póstumo):

"....quando escrevi O MENOR DOS ENCANTOS, precisava de uma personagem forte, que fosse um dos pilares construídos ao redor do personagem principal. No começo adorei o nome Bebel, e quem me conhece, sabe que há referência em várias outras histórias desse nome. Bebel vêm da história do Cazuza, trata-se da Bebel Gilberto, com quem ele escreveu a música (Eu preciso dizer que eu te amo / Te ganhar ou perder sem engano / E eu preciso dizer que eu te amo / Tanto). O nome cabia perfeitamente, pois a história que queria escrever era bem mesmo a letra da música. Conforme o texto foi ganhando forma, Bebel ficou desaparecida quando comparado ao nome de Lúcia (mais tarde conto porquê substitui por Luisa), foi quando surgiu o nome de Fernanda, do meu poema de 2003:


Nenhum nome me perturba,
me condiciona a lembrança
de algo bom e confortável.
Nenhum nome me saúda,
me deixa a vontade no sofá
e busca uma cerveja gelada.
Nenhum nome me acaricia,
beijando minhas pernas e
sugando minha língua.
Nenhum nome me chama
para sexo ou para drogas,
bebidas e lanchonete;
depois do cinema.
Nenhum nome me falta
nos convites dos jantares
à luz de vela ou sem luz.
Nenhum nome me indica,
que está frio para dormir
sem camisa ou camisinha.
Nenhum nome se quer é mais feminino
que o seu no meu quarto
quando acordo de manhã.
Nenhum nome que desejo
me injeta ânimo de verdade
para novo dia ou noite
sem nenhum nome.
Nenhum nome Fernanda
leva-me à cama
para uma rima sacana
e idiota.
Nenhuma Fernanda me faz
sentir frio ou sentir fome
quando o nome bate o peito
e ainda está tarde
para se dormir sem camisa
ou com o peito
sem nenhum nome.


(TODO TEMPO, Um poema sem nome, 2003, pg.37)
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"....assim troquei o nome para Fernanda em toda história. Acontece que Bebel não queria sair dali, parecia que tinha criado uma identidade com a personalidade de Fernanda. Para que eu continuasse com minha idéia, resolvi colocar o nome Bebel, como apelido de Fernanda, apenas na boca de Luisa, sua amiga....."


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Para quem quer acompanhar a história, e não recebe e-mail com os capítulos, basta entrar no blog:

http://prosahojeevinte.blogspot.com


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sexta-feira, junho 22, 2007

Maçã

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As mãos se movem, do barro eterno,
de onde nasceu homem e o segredo.
Da fruta roubada, que fez cair em desgraça
todo o rebanho de ofuscados herdeiros.
Quem sabe a palavra, nasceu do dorso,
como mulher do osso, cheia de tormento.
Vêm do mesmo singelo grito, de
nascituro rebento, toda rascunhada.
Mas para um, alguns amores;
e a proteção materna. O outro, como
que por angústia: a pedra, a maldição
desacato e o infalível esquecimento.
Poema nasce desse coito, às vezes
em desagravo, sem direção no rompimento.
E se soubesse, invadido por qualquer
palavra, tivesse cedido sem queixas;
teria percorrido os pensamentos,
criando vela onde foge sombra; quem sabe
vento onde a sombra morre.
Mas palavra, e o poeta; são da
mesma insensata coisa absurda
voltando sempre para reconstruir o mundo:
como homem que nasce do barro
e do barro voltando depois de homem.

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quinta-feira, junho 21, 2007

Prisma

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Fiquei horas olhando para o rio. Nasci aqui perto, vinte minutos correndo pelo meio do mato, fica minha casa. Era grande, cinco quartos e uma enorme cozinha. Olho para o rio, ele parece continuar do mesmo jeito. Minha casa mudou muito em todos esses anos. No rio, os poucos peixes e os casebres que foram construídos. Tem mais sujeira também. Olho para o rio, e ele continua correndo para o mesmo lado de sempre. Não tem pescadores, nem crianças tomando banho. Mas ele continua o mesmo. As águas mudam, o rio sempre continuará o mesmo.

Caminhando de volta para minha casa, para onde ela existia. Era uma casa grande, eu disse. Minha mãe ficava várias horas na cozinha preparando a comida. Na mesa todos ficavam juntos, conversando casos. Arroz, feijão e carne. Ainda hoje sinto o cheiro da comida, entrando pelo nariz e indo direto para o estômago. E nesse caminho que eu andava muitas vezes por dia, hoje não existe mais. O caminho de terra, onde a chuva fazia lamaceira, que servia para guerra entre os vizinhos, onde eles se juntavam para tirar a carroça atolada. Nesse caminho que estou agora, que não existe mais, todos foram felizes.

Parei perto do semáforo. Ali deveria nascer mais uma jaca. Daquelas imensas, que minha mãe vinha buscar com meu avó, e que carregavam num carrinho de mão, com todos os moleques em volta, aqueles que agora mesmo estavam sujos de barro. No meio do caminho, sentíamos um cheiro de café. Posso sentir agora mesmo o cheiro insuportavelmente bom do café. Podia ser minha mãe, Dona Zumira ou Dona Clarice. A gente esquecia a jaca, saia correndo para ver a mesa pronta, com bolo de fubá e leite fresco. Era uma briga, aquela molecada cheia de lama dentro de casa.

Ando mais alguns minutos, o povo continua se trombando, correndo desesperado. Eu já não tenho pressa, minha vida já andou muito rápido todos esses anos. Os carros, as pessoas e as nuvens são diferentes. Conto duzentos passos depois do semáforo, paro. Era aqui a escola. Tia Lurdinha, no quadro negro. A escola era branca com janelas verdes. Todos os vidros inteiros, limpos. Ela colocava as letras, que naquela hora não faziam menor sentido para mim, e ia formando palavras, gestos e sonhos. Naquele quadro, onde o abecedário nasceu; morreu também um pouco da minha inocência. Descobrir é se transformar.

Logo fui percebendo que a letra formava palavra, que formava frases, que formava idéia. Idéias nem sempre boas, mas idéias. Naquele quadro, onde agora está a placa publicitária vendendo cueca masculina, cerveja sem álcool e refrigerante diet, tinha-se noção exata que o mundo nunca seria o mesmo. E as palavras foram crescendo, se criando; virando arma. E a poesia? Minha professora não disse nada sobre poesia. Nem precisava dizer, estava no olhar. Nas coisas do dia, nos sonhos da madrugada. Na descoberta surpreendente de que o mundo é diferente do que imaginamos.

Nas coisas da poesia a vida se transforma, se ajeita. Ela não disse isso, mas podia demonstrar em todas suas ações. A professora, que jamais existiu de verdade, é obra dos meus sonhos. E na poesia ela se fortalece, criando vida, sensações e ensinamento. A jaca, que eu odeio; é ótima lembrança. É a poesia, sempre, o motivo mais importante. O rio, que lá no passado sempre foi um rio, hoje é algo mais do que saudade da minha infância inexistente. E em mim, parado olhando para a realidade, sou eu mesmo; mas completamente diferente.


( Trecho Publicação Folhetim Hoje é Vinte - 20/07/2007 - Publicação via e-mail)
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sexta-feira, junho 15, 2007

LadoZ - Introdução

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INTRODUÇÃO

Olá,

O MENOR DOS ENCANTOS é a história de quem resolve enfrentar o mal-entendido da vida. Sempre há em nossa vida, aqueles momentos que resolvemos esquecer, apagar completamente da memória. O quê aconteceria se você resolvesse enfrentá-los? Quantas situações boas conseguiria com isso? Qual o resultado para sua vida se encontrasse em sua frente todos os seus tormentos?

A história de um sujeito, que junto com mais três amigos, tenta resolver situações do passado. Viverá emoções, descobrirá segredos, angústias e sonhos. Descobrirá mais sobre a vida nas coisas que ele preferiria esquecer, do que na vida que estava levando.

História para aqueles que não percebem em menores momentos da vida, grandes encantos.


Boa leitura.


Sérgio Oliveira




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quarta-feira, junho 13, 2007

LadoZ

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".....Os sonhos deixaram de existir, talvez pela minha decisão em não procurar mais por Fernanda. E quando me lembrava dos sonhos, eram totalmente desconexos. Água, fogo. Na maioria das vezes uma angústia se espalhando pelo corpo. Nas poucas vezes que tinha algum prazer, era quando meus amigos surgiam para discussões tolas. Às vezes me sentia cansado, e dormia no meio da conversa. Quando acordava todos já tinham ido embora. Era a solidão que mais me deixava com medo. O barulho dos carros começava a parar, das pessoas conversando no corredor. De repente, era como se ninguém mais existisse no mundo......"
Trecho, O MENOR DOS ENCANTOS, pg.22 - Solicitação por e-mail:
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Lo Futebol

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LO FUTEBOL

Primeira jogo da decisão da Libertadores 2007. Boca e Grêmio. De um lado a raça argentina, do outro a raça argentina. De um lado a técnica brasileira, de outro a técnica argentina. Boca é melhor, principalmente se sua estrela maior jogar bola. Grêmio corre por fora, como tem feito nos últimos anos, saindo da segunda divisão, brigando para chegar na zona de classificação no brasileiro de 2006, se ajeitando como pode na competição sul-americana.

Com certeza não será um jogo bonito, como não tem sido o futebol brasileiro e argentino. Será um jogo de luta, briga, puxada de calção e gente se atirando no gramado pedindo clemência e ajuda da água milagrosa. Pode até ser que alguém se divirta com a batalha, mas não podemos acreditar que será entretenimento. Se você gosta de sorrir, de ver jogadas bonitas, arrancadas perfeitas e coisas desse tipo, vá para outro canal.

Sempre achei o Grêmio o time mais argentino do Brasil, ou será um time argentino com cara de Brasil? Até na torcida se parecem, fazendo aquela perigosa mas impressionante comemoração na hora do gol. Nos dois jogos, será difícil saber quem fará mais barulho. Consequentemente, a vibração eufórica dos torcedores acaba atingindo também os jogadores. São dois times que marcam e correm o tempo todo. Aquilo que todos esperam de suas equipes, terá de sobra na final: raça.

Raça que anda faltando também na seleção brasileira. E me desculpem utilizar a letra minúscula para denominá-la, não há mesmo como fazer referência melhor. Craques estão pedindo folga. Que fiquem em casa! Aliás, merecidas férias para esse pessoal que ganha tão pouco. Por decreto, mudaria o sistema de convocação. O cara precisaria pagar para jogar com a amarelinha, se quiser. Só assim perceberiam a seleção como a coisa mais importante da vida.

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São Paulo em decadência, Palmeiras com esperança e Santos se desfazendo. Corinthians com “desejo de ser campeão”. Nem parece os mesmos times que vi no começo do ano. Tudo de cabeça para baixo. O clima no Timão é um dos melhores. São Paulo pensa em demitir técnico (pelo menos as línguas mais afiadas estão dizendo isso). Palmeiras pensa na modernização do passe. Santos se mutila depois da perda da Libertadores. Por favor, alguém pode me dizer o quê está acontecendo?

O futebol é cíclico, dizem os filósofos da bola. Caixinha de surpresa? Bota surpresa nisso. Corinthianos rezando para o time não ser rebaixado, já estão confiantes na participação da libertadores do próximo ano. Santos que era considerado o segundo melhor time do Brasil, ficou sem elenco. Palmeiras, que estagnado nas idéias antigas e ultrapassadas dos dirigentes, está revolucionando o passe, criando uma carteira de negociações muito elogiada por especialistas. São Paulo, bicho-papão; está começando a perder o gosto pela vitória. Cíclico? Que roda gigante é o futebol.

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Não vou torcer pelo Grêmio, tão pouco pelo Boca. Para Libertadores, e somente pela Libertadores, não poderíamos ser representados por coisa melhor.
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terça-feira, junho 12, 2007

LadoZ - O Menor dos Encantos (Trecho)

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"Continuarei falando sobre a capa do disco. Acho fundamental que o filme documentário seja colorido, não em preto e branco como está escrito aqui no roteiro. Os Beatles aparecem vestidos como sargentos, ao fundo a colagem de pessoas famosas. Aleister Crowley é um escritor famoso, sua figura está ali. Seus poemas, e sua doutrina foram influencias para vários artistas. Raul Seixas e Paulo Coelho, por exemplo. Nesse momento eu levanto do sofá, coloco o CD no rádio. “Do what thou wilt shall be the whole of the law”, faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.

Para a capa foram selecionadas 70 pessoas que de alguma forma influenciaram o mundo ou os Beatles até aquele momento. Sigmund Freud teria influenciado os Beatles? Marlene Dietrich? Sim, muito bonita. Edgar Allan Poe, quem eu não conheci. Prometo que se continuar vivo depois desses exames vou procurar alguma coisa de Poe para ler. Ele é poeta? Acho que sim. Como sou asqueroso em matéria de literatura. Bob Dylan? Está. Leo me disse que tentaram colocar outras figuras na capa, mas por pressão da gravadora, não foi possível. Jesus Cristo, Elvis Presley, Gandhi e Adolf Hitler. Não comentei a informação na época, mas agora me causa um desconforto incrível saber esses nomes, tanto para o lado positivo como para o negativo. Adolf Hitler?

A dor de cabeça piora. Sinto medo de desmaiar novamente. Logo passa. Preciso comer alguma coisa, tenho quase certeza que tudo isso que está acontecendo é por causa da minha vida, tão abandonada desde os tempos que sai de casa. Penso em minha mãe, no meu pai morto por uma doença misteriosa. Sofreu vários meses, depois de sua morte resolvi procurar o mundo e fazer coisas que eu nunca tinha imaginado. Depois de dois anos minha mãe morre também. De solidão, desilusão e uma doença no coração. Meus familiares morreram todos por causa de uma doença misteriosa, forte e incurável. A morte em si, é algo sem cura, eu penso."

(O MENOR DOS ENCANTOS, Sérgio Oliveira, pg.8)

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segunda-feira, junho 11, 2007

LadoZ

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Quem precisa saber?

[Que som não sai da cabeça] – Don´t Panic (Coldplay)
[Que roupa no corpo] – Jeans
[Livro que não terminei ainda] – Terminei das outras vezes, mas estou lendo novamente (A Grande Arte, Rubem Fonseca)
[CD] - O Teatro Mágico
[DVD] – Constantine
[Bebida na geladeira] – Suco Abacaxi
[Comida que faz falta] - Pizza
[Que papo cabeça] – Cinema
[Onde pretendo ser Infantil ] – Dormindo
[O quê é Difícil ] – Trabalhar sem vontade
[ Minha maior Bagunça] – Roupas
[Melhores coisas para hoje] – Romper a barreira do som, quebrar correntes e desejar o infinito.

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LadoZ

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Olá,

Terminei O MENOR DOS ENCANTOS. Quem está acostumado a receber os capítulos por e-mail, é só aguardar. Pessoas que estiverem interessadas, basta enviar um e-mail até 15/06/07 solicitando:

folhetimhojeevinte@blogspot.com





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